quinta-feira, 24 de julho de 2008

A Vale quer ser verde

Mês passado publiquei um texto que questiona as estratégias aplicadas pelas empresas em relação à preocupação ambiental. Hoje encontrei um artigo no portal da revista Exame, que comprova essa questão, e achei interessante publicar aqui também.
A maior empresa privada do Brasil lança uma campanha com apelo ecológico —
seu maior desafio será provar que sua preocupação vai além do marketing


Por Malu Gaspar

Em sua última campanha publicitária, que estreou no início de junho na TV, a Vale investiu na imagem de companhia sustentável, capaz de transformar minérios em sonhos e ainda fazer tudo isso respeitando o meio ambiente e as comunidades nos arredores de suas minas e instalações. A campanha faz parte de um colossal projeto de lançamento da nova marca da empresa, que, em novembro do ano passado, deixou de ser a Vale do Rio Doce para se chamar apenas Vale. Com orçamento de 59 milhões de reais, a estratégia de divulgação do novo nome aproveita para colocar a Vale na onda da “companhia verde”, a mais nova tendência entre as grandes empresas globais que querem agregar uma imagem positiva ao seu nome — seja ela uma mineradora, um banco ou uma companhia de celulose. Essas corporações já perceberam que empresas amigas do planeta têm maiores chances de ganhar a simpatia dos consumidores e investidores — principalmente na Europa e nos Estados Unidos. “Há uma busca desenfreada por aparecer bonito na foto”, diz Alejandro Pinedo, da consultoria Interbrand, especializada em avaliação e construção de marcas. “O apelo à sustentabilidade passou a ser considerado um dos requisitos para tornar as empresas mais competitivas.”

Um relatório da consultoria Ernst&Young divulgado em abril passado, aponta pela primeira vez a preocupação ambiental dos consumidores e investidores — qualificada como radical greening — como um dos dez principais riscos para os negócios de uma empresa. Nenhuma companhia quer ver colado à sua imagem o atributo de destruidora da natureza — e isso é particularmente dramático no caso de corporações que atuam em setores que já têm uma imagem ruim por seu alto impacto ambiental, como é o caso da mineração. No caso específico da Vale, a situação é complexa. Dois estudos recentes de bancos internacionais sobre sustentabilidade no setor de mineração colocaram a Vale em uma situação constrangedora. No primeiro, do Citigroup, a brasileira ficou em penúltimo lugar numa lista de 15 empresas. No segundo, da Goldman Sachs, a Vale foi a 14a entre 15 no ranking ambiental e a nona no ranking de investimentos sociais. Os bancos fazem esse tipo de relatório para orientar decisões de investimentos para clientes e instituições que levam em conta critérios de sustentabilidade na hora de aplicar seus recursos. Em maio passado, outro estudo, da Fundação Brasileira do Desenvolvimento Sustentável, fez uma comparação entre os relatórios de sustentabilidade divulgados em 2007 pelas cinco maiores mineradoras do mundo. O estudo avaliou 13 itens. A Vale ficou em último lugar entre nove.

A nova estratégia de marketing da Vale coincide com a expansão internacional da companhia. No ano passado, a empresa passou por seu primeiro teste de imagem global, meses depois do processo de aquisição da canadense Inco. O principal projeto da empresa era uma gigantesca mina de níquel na Nova Caledônia, uma ilha paradisíaca do oceano Pacífico, que enfrentava forte resistência dos aborígines que vivem próximo à área de extração. Ambientalistas europeus tomaram o partido dos aborígines e começaram a protestar contra a empresa. Preocupado com o impacto, o presidente da Vale, Roger Agnelli, se envolveu pessoalmente na solução da crise. Recentemente, a empresa anunciou que pararia de fornecer minério para os produtores de ferro-gusa acusados de usar trabalho escravo ou queimar carvão de madeira ilegal da Amazônia. Não queria correr o risco de passar pelo que passaram os produtores de soja de Mato Grosso, após uma campanha internacional deflagrada pelo Greenpeace em maio de 2006. A ONG organizou protestos em lanchonetes do McDonald’s na Europa acusando a rede de vender produtos contendo carne de frango alimentado com soja proveniente de áreas de desmatamento irregular na Amazônia. Imediatamente, a rede de fast food pressionou seus fornecedores internacionais para não comprar mais a soja brasileira proveniente dos arredores da floresta. A Vale nega que esteja reforçando suas políticas de sustentabilidade em decorrência do processo de internacionalização. “Sempre fomos preocupados com sustentabilidade. Apenas estamos investindo mais no processo de informação do que fazemos”, diz Orlando Lima, diretor de sustentabilidade da Vale.

As iniciativas tomadas pela Vale nos últimos meses mostram que a empresa sabe que, pior do que não ter uma imagem de “companhia verde”, é ser acusada de que essa imagem é falsa. “Algumas empresas que nos pedem para construir uma imagem ‘verde’ no fundo não são tão verdes assim. Alertamos que o efeito de se forçar um vínculo que não existe pode ser um desastre”, diz Pinedo, da Interbrand. “A empresa precisa realmente ter comprometimento ambiental.” Um dos casos que ainda despertam muita desconfiança, por exemplo, é o da British Petroleum. A BP, que sempre esteve associada à poluição, investiu 200 milhões de dólares nos últimos anos para se transformar numa companhia preocupada com meio ambiente, com grande espaço para energias alternativas. Isso, no entanto, não foi suficiente para livrá-la das acusações de “greenwashing” (maquiagem verde). Ainda hoje, a BP é patrulhada pelos ambientalistas, como provam as recentes denúncias de que estaria envolvida em um pesado lobby contra o endurecimento das leis ambientais nos Estados Unidos. No caso da Vale, por enquanto, a estratégia de aparecer como uma “companhia verde” não enfrentou reveses. Mas só o tempo — e as ações que vierem com ele — dirão se a campanha é apenas uma estratégia de marketing ou uma preocupação concreta.

Texto: Malu Gaspar

domingo, 13 de julho de 2008

O poder da negociação nas organizações



Em todos os momentos do nosso cotidiano estamos em negociação, sejam com nossos familiares ou amigos, e isso se estende a vários estabelecimentos que pisamos. A negociação é extremamente importante e fundamental para as organizações, principalmente quando for uma negociação inteligente e bem proveitosa. Mas para obter êxito em uma negociação é preciso conhecer alguns atalhos.


Talvez o principal segredo de uma boa negociação é, antes mesmo de expressar idéias e planos, saber ouvir atentamente o outro lado, pois nele podem existir informações valiosas que possam influenciar na sua proposta. A negociação exige uma preparação que defina objetivos e o conhecimento do produto ou serviço que esteja em pauta assim como o conhecimento do cliente.

Outras vantagens a destacar são a facilidade de expressão e o comportamento diante de um cliente ou comprador. É preciso ter muito cuidado com os gestos e a posição das mãos, pois isso pode demonstrar insegurança e incerteza.

Portanto em uma conversação que se destaca esse tipo de postura pode se resultar em um excelente negócio para a empresa. Com isso é possível que as mesmas invistam mais em profissionais com essa capacidade de negociar qualificando-os e permitindo alçadas para que seja possível a concretização de uma negociação sem que haja interrupções ou impedimentos, o que traz o risco de não obter o sucesso.

Com tudo, relaciono aqui algumas características que considero importantes no negociador:
-Saber ouvir;
-Capacidade de resolver problemas;
-Pensar sob pressão;
-Inspirar confiança;
-Contra-argumentar;
-Persuasão;
-Tomar decisões;
-Preparar estratégias;
-Perceber intenções;
-Raciocínio lógico;
-Explorar interesses.

“Saber negociar faz diferença”


Texto: Tiago Pizzamiglio

terça-feira, 8 de julho de 2008

O sucesso consiste em não fazer inimigos, por Max Gehringer

'O sucesso consiste em não fazer inimigos... Nas relações humanas no
trabalho, existem apenas 3 regras:

Regra número 1: Colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance
de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo
à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não
adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita
se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: se você
estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1997 e a pessoa ignorou sua
mão estendida, você ainda se lembra disso em 2007.

Regra número 2: A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto
a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um
investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo.
Um dia, ele será cobrado, e com juros.

Regra número 3: Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que,
durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o
melhor amigo. Mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo
é aquela pessoa que liga ou envia um e-mail para perguntar se você
está precisando de alguma coisa.

Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma
coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.
Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um
milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente,
isso parece ótimo. Mas não é. A 'Lei da Perversidade Profissional' diz
que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem
mais poderá ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.

Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso
consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque,
por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente
aqueles que têm boa memória.'

Texto: Max Gehringer

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Lei Seca


Um assunto que vem gerando muita polêmica em mesas de bares essa semana é a respeito da lei seca. De acordo com a alteração no Código de Trânsito Brasileiro o consumo de qualquer quantidade de bebida alcoólica por condutores de veículos está proibido. Muitas adversidades em relação a essa mudança, enquanto aqueles que se sentem prejudicados revoltam-se, outros concordam com a nova lei que está valendo desde o dia 20/06.
Bom, aí vai minha opinião. No primeiro momento entendi como uma injustiça, pois aquelas pessoas que realmente são responsáveis e sabem se controlar para não ultrapassar dos limites e se mesmo assim, sabem da consciência de não sentar em frente ao volante de um carro, ao sair para se divertir em um jantar com os amigos, em um aniversário de família, acabam pagando por aqueles irresponsáveis que não tem o pingo de noção de quanto se vale uma vida. Pensado assim é injusto, mas conversando com alguns amigos e ouvindo algumas versões diferentes cheguei à conclusão que a lei está certa, pelo menos em minha opinião, pois se antes era permitida a ingestão de até 6 decigramas de álcool por litro de sangue (o equivalente a dois copos de cerveja) e a lei não foi respeitada e o número de acidentes provocados por embriaguez continuou absurdo, então entendo que alguma coisa deve ser feita, como foi, e se alguém for pego dirigindo depois de beber, além de multa de R$955,00, vai perder a carteira de motorista por 12 meses e correr o risco de parar na cadeia.
Resumindo, é aquela velha história: Os bons vão pagar pelos ruins. Mas tudo bem, ao menos temos a esperança que acidentes e vitimas em nossas estradas vão diminuir. Então, meus amigos, vamos tomar conhecimentos de nossas responsabilidades, continue saindo com seus amigos, divertindo-se, descontraindo-se, mas no final de tudo seja esperto. Sempre existe alguém por perto que possa te levar para casa, a namorada, o amigo e até mesmo um taxi.
O lado interessante da história é que a economia já vem sofrendo com isso. Imagine vários bares, restaurantes e boates com o movimento enfraquecido. Para tentar evitar essa queda de faturamento, comerciantes já procuram por soluções para respeitar a proibição. Alguns estabelecimentos já começam a propiciar serviço de entrega do cliente, evitando que o cliente sente ao volante do carro embriagado. Convênios com sindicatos e taxistas também estão sendo planejados.
Portanto, seguindo esse raciocínio, um bom otimista pode pensar: Diminuem-se os acidentes e aumenta-se a empregabilidade no nosso país. Será?
Texto: Tiago Pizzamiglio